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Planeta Megapost DC: Graphic Novels DC #21-30 (Editora Eaglemoss)

Coleção Graphic Novels DC #21 – Mulher-Maravilha, Batman e Superman - Trindade, que reúne a minissérie em três edições de Batman/Superman/Wonder Woman: Trinity escrito e desenhado por Matt Wagner, lançado pela Editora Eaglemoss.


Análise:
Ra’s Al Ghul em mais um de seus planos de recriar um mundo melhor descobre onde Lex Luthor estava escondendo Bizarro, liberta-o e o torna seu aliado. Ele também consegue o apoio da jovem e renegada amazona Ártemis. Porém, uma nobre aliança formada por Superman, Batman e Mulher-Maravilha pode ser a única esperança da humanidade para deter o maníaco terrorista.

Matt Wagner reimagina o primeiro encontro entre as três maiores lendas da DC, unidos por motivos diferentes, mas para enfrentar um mal em comum. A trama em si é super simples e já usada várias vezes, mas o grande atrativo sem dúvida fica por conta da interação entre a Trindade, relação essa que pôde ser explorada de maneira muito criativa aproveitando o fato de ser a primeira vez em que trabalham juntos. Cada um deles foi muito bem retratado e é fácil de distinguir os enormes precipícios que separam cada motivação e estilo de combater o mal de cada um. Leitura leve e divertida e com os traços de Matt Wagner que combinam com esse estilo de história mais clássica. Leitura recomendada.

Coleção Graphic Novels DC #22 – Mulher-Gato – Um Crime Perfeito, que reúne as quatro edições de Catwoman: Selina’s Big Score e Detective Comics #759-762, escrito por Darwyn Coole e Ed Brubaker e desenhado por Darwyn Cooke, lançado pela Editora Eaglemoss.


Análise:
Depois do fracasso de seu último trabalho, Selina está de volta ao jogo. Chantel, namorada do mafioso Frank Falcone diz que uma carga clandestina será transportada para o Canadá contendo 24 milhões de dólares, valor mais do que suficiente para motiva a gata. Mas ela sabe que precisa de ajuda e conta com uma equipe profissional, o que inclui Stark, seu ex-tutor, parceiro de golpes e amante. Apesar de lidar com fantasmas do passado, Selina precisa deixar sua desconfiança de lado e partir para a ação. Ao mesmo tempo, ela está sendo procurada pelo detetive linha dura Slam Bradley que, à pedido do Prefeito de Gotham, investiga a morte de Selina e da Mulher-Gato. Suas pistas o levarão de encontro à sua própria dignidade.

Uma trama baseada em roteiros de filmes de assalto, onde o roubo em si passa a ser apenas um elemento secundário. O foco de Darwyn Cooke é explorar a psique de seus personagens principais – Selina, Stark e Bradley – e o relacionamento entre eles. Além disso, as edições de Detective Comics traz histórias complementares mostrando detalhes da investigação de Slam Bradley sobre a morte de Selina Kyle. Escrito por Ed Brubaker, bem a seu estilo noir e detetivesco, o personagem de Bradley se encaixa bem na forma de narrativa que Brubaker domina muito bem. Leitura recomendada.

Coleção Graphic Novels DC #23 – Mulher-Gato – A Trilha da Mulher-Gato, que reúne as edições #1-4 e 6-9 da revista Catwoman de 2002, escrito por Ed Brubaker e desenhos de Darwyn Cooke e Brad Rader, lançado pela Editora Eaglemoss.


Análise:
Dada como morta, a Mulher-Gato está de volta. Após refletir sobre tudo o que aconteceu em sua vida até aquele ponto, Selina resolve ajudar as “escórias” de Gotham, pessoas que não estão exatamente dentro da lei, mas que não são más em si. Para se manter no anonimato, ela recruta sua jovem “velha” Holly Robinson para ser seus olhos nas ruas. Sair à caça de um assassino de prostitutas, ou revelar a corrupção da polícia de Gotham, é o novo status da Mulher-Gato.

Contando com participações especiais do Detetive Slam Bradley, a Mulher-Gato está de volta às ruas, sob a batuta de Ed Brubaker, que fica bem à vontade dentro de um elemento que ele conhece bem – contos policias. Com uma linguagem acessível e clima detetivesco, essa nova série da Mulher-Gato ainda contou com os desenhos de Darwyn Cooke nas primeiras quatro edições, porém, os traços de Brad Rader mantém o mesmo tom noir e de mistério. Leitura recomendada.

Coleção Graphic Novels DC #24 – A Morte do Superman, lançado pela Editora Eaglemoss.


Seguindo a narrativa acelerada e em forma de contagem regressiva dessa trama, resolvi fazer o review da mesma forma, comentando cada edição até seu clímax.

Superman – O Homem de Aço #18
Lois Lane descobre os planos dos Subterrâneos de invadir a superfície e alerta o Superman. Enquanto isso, uma misteriosa e poderosa criatura surge de repente e ruma à cidade causando muita destruição.

Liga da Justiça #69
A Liga da Justiça é alertada sobre a devastação causada pelo misterioso monstro e vai a seu encalço, porém, seus esforços se mostram inúteis e o inteiro grupo é massacrado facilmente – e a criatura estava com um braço amarrado nas costas. Superman estava participando de um programa de entrevistas da Cat Grant quando fica sabendo do ocorrido e se dirige ao local. Lá ele salva o Gladiador Dourado que chama o monstro de Apocalipse.

Superman #74
Superman e a Liga juntos contra o Apocalipse! Mesmo com a combinação de seus poderes, os heróis não conseguem parar o monstro. Ao perseguir Apocalipse, Superman se vê num dilema entre salvar um jovem e sua família que foram pegos no fogo cruzado ou impedir que a criatura monstruosa chegue à próxima cidade.

As Aventuras do Superman #497
Superman salva a família que ficou presa nos escombros e retorna para combater Apocalipse, dessa vez auxiliado por Máxima. Os membros da Liga são levados ao hospital, com exceção de Bloodwynd. Em Nova York, Superman e Máxima são derrotados, e Apocalipse segue em direção à Metrópolis. Cada página da revista é desenhada em quatro quadros.

Action Comics #684
A batalha continua desenfreada entre Superman, já exausto e Apocalipse ainda em perfeitas condições físicas. A revista passa ser desenhada em apenas três quadros por página.

Superman – O Homem de Aço #19
Lois Lane continua a dar cobertura total sobre o catastrófico evento. Com apenas dois quadros desenhados por página, podemos ver a brutalidade da batalha e a devastação em Metrópolis. Nada parece deter o avanço do Apocalipse, nem mesmo com a intervenção da Supergirl.

Superman #75
A fatídica edição, desenhada em apenas um quadro por página, mostra os últimos momentos desse que pode ser considerado um dos embates mais violentos e destrutivos da história dos quadrinhos. O desfecho já é de conhecimento por todos os fãs do Homem de Aço, mas a dramática narrativa nas páginas finais arrepia até hoje.

Um marco na cronologia do Superman, uma trama simplória, até pouco explicada, mas com um nível de brutalidade e dramaticidade altíssima. Os quatro escritores responsáveis por essa história – Louise Simonson, Dan Jurgens, Jerry Ordway e Roger Stern conseguiram fazer um belo trabalho em conjunto mantendo uma boa fluência e coerência de uma história para a outra. E a contagem regressiva desenhada nas quatro últimas edições com enquadramentos em formato decrescente só aumenta ainda mais a tensão da leitura. Leitura altamente recomendada.

Coleção Graphic Novels DC #25 – Lobo Sem Limites, que reúne as edições #1-6 da revista Lobo Unbound de 2003, escrito por Keith Giffen e desenhos de Alex Horley, lançado pela Editora Eaglemoss.


Análise:
Lobo recebe uma oferta irrecusável – assassinar Nabob, o soberano do planeta Abba Dhabba Dhu por meio bilhão de créditos. O trabalho é executado sem dificuldades, mas com um pequeno detalhe. Quando um Nabob é morto, outro precisa assumir o cargo. É claro que acaba sobrando para o Maioral se tornar o soberano desse bizarro planeta. O que Lobo não suspeitava, era que tudo não passava de um plano de Bling Bling, uma antiga rival.

Selvageria, bizarrice, nojeira, humor negro, mulheres semi-nuas, escrotidão e muitas, muitas mortes. Nunca havia lido nenhum material do Lobo, mas, se o padrão de suas histórias for assim, então, deve agradar aos fãs. Os desenhos me lembraram a antiga revista MAD, e a origem do Lobo no início da história, parecendo um típico caso de mais um serial killer foi até divertido. Mas, não é o tipo de leitura que me agrada, por isso, para mim, é leitura insatisfatória.

Coleção Graphic Novels DC #26 – Mulher-Maravilha – Paraíso Perdido, que reúne as edições #164-170 da revista Wonder Woman, escrito e desenhado por Phil Jimenez, lançado pela Editora Eaglemoss.


Análise:
Deimos, Fobos e Eris, os filhos de Ares desejam trazer seu pai de volta à Terra para espalhar a violência, ódio e guerras devastadoras, e escolhem Gotham City como a cidade para criar seu próprio Areópago. Mas, a cidade tem seus protetores, os vigilantes de Gotham, porém, a fim de derrotar deuses, será necessário mais do que isso. Mulher Maravilha, Donna Troy, Moça-Maravilha e Ártemis juntam-se a Batman, Asa Noturna, Robin, Oráculo e Caçadora para um esforço em conjunto antes que a Terra se torne um campo de guerra. E, em Themiscyra, uma guerra civil pode destruir a Ilha Paraíso. Hipólita, Diana e Donna devem defender seu matriarcado e suas irmãs guerreiras, deixando de lado suas próprias diferenças.

A estreia de Phil Jimenez nos roteiros e nos desenhos foi muito feliz. Ele trouxe de volta os elementos essenciais da fase de George Pérez, inclusive seus desenhos são bem parecidos ao de Pérez, não somente nas fisionomias, mas nos enquadramentos também. Jimenez apresentou de forma eficaz toda a representatividade que a Mulher Maravilha tem no universo DC, tanto em seu lar natal, quanto no mundo do patriarcado. A última história que mostra Lois Lane acompanhando Diana ao redor do mundo foi particularmente reveladora, em ambos os lados. Para quem gosta da fase de George Pérez, é impossível não gostar ou não se identificar com esse volume. Leitura altamente recomendada.

Coleção Graphic Novels DC #27 e 28 – Justiça, que reúne a série Justice em 12 partes lançada originalmente entre 2005 e 2006, escrito por Jim Krueger e Alex Ross e desenhos de Alex Ross e Dough Braithwaite, lançado pela Editora Eaglemoss.


Análise:
Um sonho perturbador onde os heróis falham em salvar a humanidade move a comunidade dos vilões liderada por Lex Luthor a colocar em prática um plano ambicioso e inesperado. Depois de descobrir a identidade secreta dos membros da Liga da Justiça, os vilões os atacam de surpresa, ao mesmo tempo em que praticam atos altruístas em prol da humanidade. Desacreditar os heróis e fazê-los desaparecer é apenas uma pequena parte de um plano muito maior, que teve início com o rapto de Aquaman pelas mãos de Brainiac.


História centrada nos personagens oriundos da Era de Prata da DC Comics, vimos o verdadeiro sentido de heroísmo, justiça, altruísmo e abnegação. A trama teve vários méritos por dar arcos relevantes a cada herói como o Superman, Batman, Aquaman, Hal Jordan, Shazam e Mulher-Maravilha, mas poderia ter se aprofundado um pouco mais em Barry Allen. Porém, Justiça é, acima de tudo, uma história do bem contra o mal, a verdadeira essência do que é uma história em quadrinhos de super-heróis da DC. Ao ler as páginas finais, fica-se a impressão de um encerramento digno de uma era, antes da saga Crise nas Infinitas Terras. E os desenhos de Alex Ross sempre é um fator positivo e importante quando se trata de beleza visual. Leitura recomendada.

Coleção Graphic Novels DC #29 – Superman e Batman – Poder Absoluto, que reúne as edições #14-18 da revista Superman/Batman, escrito por Jeph Loeb e desenhos de Carlos Pacheco, lançado pela Editora Eaglemoss.


Análise:
Três vilões do futuro viajam ao passado para alterar completamente a história. Eles matam os Kent e passam a criar Clark e Bruce como se fossem irmãos. Os dois crescem, se tornam os únicos poderosos da Terra e eliminam qualquer foco de resistência. Mas, quando têm a oportunidade de manter seus passados intactos, uma ação impensada do Batman refaz a realidade novamente e somente o Superman pode corrigir a linha do tempo, mesmo que a um alto custo.

Um arco no bom e velho estilo Elseworlds que a DC costuma produzir. Um exercício de imaginação onde o escritor Jeph Loeb imagina situações que poderiam acontecer caso o passado dos Melhores do Mundo os tivesse preparado para serem os “piores”. Acima de tudo, Loeb mais uma vez, deixa sua assinatura bem clara ao trabalhar profundamente os sentimentos e a amizade entre o Homem de Aço e o Cavaleiro das Trevas, mas principalmente lidar com perdas e superação. Há quem goste e quem não goste de histórias envolvendo viagens no tempo, universos paralelos e realidades alternativas. Para os apreciadores, uma leitura recomendada.

Coleção Graphic Novels DC #30 – Lanterna Verde – Crepúsculo Esmeralda / Novo Amanhecer, que reúne as edições #48-55 da revista Green Lantern (1990), escrito por Ron Marz e desenhos de Bill Willingham, Fred Haynes e Darryl Banks, lançado pela Editora Eaglemoss.


Análise:
A visão de sua cidade Coast City completamente devastada é demais para Hal Jordan e ele tem um colapso nervoso. Obcecado em trazer sua cidade de volta, Hal parte para Oa a fim de absorver toda a energia da bateria central, mesmo que para isso ele tenha de destruir tudo o que estiver em seu caminho, incluindo seus companheiros da Tropa dos Lanternas Verdes. Como último recurso, o guardião Ganthet escolhe um novo portador para o anel esmeralda, Kyle Rayner, que agora, precisa aprender a usar os poderes do anel sozinho.

Hal Jordan sempre considerado o maior dos Lanternas Verdes, mas não conseguiu superar a tragédia de perder seus parentes e amigos e sua incapacidade de salvar sua cidade. O escritor Ron Marz expôs o personagem a situações que o levaram até o limite de sua sanidade e preparou muito bem o terreno para continuar seu legado de forma natural e interessante. Leitura recomendada.


Por Roger